terça, 26 março 2019 16:46

Dia do Livro Português - sugestões de leitura

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Dia do Livro Português - sugestões de leitura Dia do Livro Português - sugestões de leitura

Esta data foi criada com o objetivo de destacar a importância do livro, do saber e do conhecimento, e da língua portuguesa.

Assinala-se esta data no dia 26 de março uma vez que foi neste dia, no ano de 1487, que foi impresso o primeiro livro em Portugal, especificamente em Faro, de nome "Pentateuco", em hebraico.

Dez anos depois, a 4 de janeiro de 1497, no Porto, foi impresso o primeiro livro escrito em português, produzido por Rodrigo Álvares, "Constituições que fez o Senhor Dom Diogo de Sousa, Bispo do Porto".

Apesar de ser uma tarefa praticamente impossível visto que há um oceano infindável de obras literárias e cada um de nós apresenta gostos diferentes, tentámos, mesmo assim, reunir alguns dos que são considerados os melhores livros portugueses tendo em conta o impacto que tiveram na literatura portuguesa e a crítica internacional.

Veja as nossas sugestões de leitura de grandes livros portugueses.

A Mensagem, de Fernando Pessoa, é uma obra dividida em três partes que apresenta 44 poemas que evocam os Descobrimentos portugueses. Também de Fernando Pessoa, Livro do Desassossego. "São as minhas confissões e, se nelas nada digo, é que nada tenho para dizer.", disse o poeta sobre esta obra escrita sob o heterónimo de Bernardo Soares com mais de 500 textos que nos transmitem a angústia, lucidez e reflexões do autor.

Os Lusíadas, de Luís Vaz de Camões, é a epopeia portuguesa que não pode deixar de ler.

Auto da Barca do Inferno de Gil Vicente é uma peça mordaz, altamente crítica da sociedade da época.

Húmus, de Raúl Brandão, começa e termina com referências à morte, num livro sombrio e mórbido mas, ao mesmo tempo, inovador para a sua altura.

Viagens na Minha Terra de Almeida Garrett descreve a viagem que o autor fez entre Lisboa e Santarém, bem como as impressões sobre os locais que passou e as histórias das personagens interligadas a estas crónicas de viagem.

Sonetos Completos de Florbela Espanca é um compêndio poético indispensável da poetisa portuguesa reunido por Guido Battelli.

Vencedor dos prémios Delfim Guimarães e Eça de Queiroz, A Sibila, de Agustina Bessa-Luís, é um romance que remete para as figuras clássicas das sibilas.

Não Entres Tão Depressa Nessa Noite Escura de António Lobo Antunes é um livro composto pelas divagações de Maria Clara, as suas recordações e histórias, enquanto o seu pai, que foi internado, está a morrer. Os Cus de Judas, também de Lobo Antunes, é um relato e reflexão sobre o que o autor assistiu e viveu durante os dois anos em que esteve destacado em Angola durante a guerra.

Finisterra de Carlos de Oliveira explora a decadência de uma família, espelhada numa casa em estado de degradação contínuo.

Poesia de Sophia de Mello Breyner Andresen foi o primeiro livro publicado da escritora.

Mau Tempo no Canal de Vitorino Nemésio parte da história do casal Margarid Clark Dulmo e João Garcia para nos transportar a uma sociedade açoriana estratificada.

A Criação do Mundo de Miguel Torga narra as principais lembranças da sua vida: a infância em Trás-os-Montes, as paisagens do campo, a primeira viagem pela Europa, o encontro em Paris com exilados políticos portugueses, as rebeliões anti-salazaristas, a sua prisão e a morte dos pais.

Sinais de Fogo de Jorge de Sena é um romance autobiográfico centrado na paixão de Jorge por Mercedes durante a Guerra Civil Espanhola.

Poemas de Mário de Sá Carneiro reúne alguns dos poemas mais dilacerantes da língua portuguesa.

Os Maias de Eça de Queiroz. Considerada uma das maiores obras literárias portuguesas, conta a história de amor proibida entre Carlos da Maia e Maria Eduarda. Do mesmo autor, O Crime do Padre Amaro que já conta com adaptações cinematográficas, dá-nos a conhecer o romance entre Amaro e Amélia e A Ilustre Casa de Ramires, uma analogia entre a vida de Gonçalo Mendes Ramires e a História portuguesa, as suas mudanças políticas e tradições.

O Ano da Morte de Ricardo Reis de José Saramago conta a história do regresso a Portugal de Ricardo Reis, o heterónimo de Pessoa, quando confrontado com a morte do seu criador.

O Delfim de José Cardoso Pires descreve o regime salazarista e o seu declínio, mergulhando nas consequências deste regime nas relações entre as pessoas.

Os Passos em Volta de Herberto Helder retrata um homem à procura de respostas a tentar compreender o sentido da sua existência.

Aparição de Vergílio Ferreira dá-nos a conhecer Alberto Soares, um homem de luto, sombrio, acabado de chegar a Évora, cidade luminosa. O romance semiautobiográfico do mesmo autor, Para Sempre, surge com a transparência da inquietude do indivíduo, onde acompanhamos a sua dor e mágoa.

A Casa Grande de Romarigães de Aquilino Ribeiro conta a história de Portugal através desta casa parcialmente em ruínas onde Aquilino Ribeiro encontrou correspondências entre antigos habitantes da casa - entre os quais o ex-Presidente da República Bernardino Machado e o próprio Aquilino Ribeiro -, datadas entre 1680 e 1828, e decidiu continuar a história.

Ler 1763 vezes Modificado em quarta, 18 março 2020 19:11
Sara Ribeiro

Redatora Principal

"Tomei o gosto pelas palavras bem cedo.
Encantada por todas as leituras e escritas que passaram e continuam a passar por mim, o meu percurso inevitável em Comunicação guiou-me até aqui.
Continuarei, para sempre, enamorada pelo poder da informação e pela liberdade que ela respira."