Já existe, na Islândia, um museu totalmente dedicado ao pénis, portanto, agora, é o momento da vagina ser a pièce de résistance, ideia da cientista em comunicação, Florence Schechter.
“Não existe um museu dedicado à vagina em nenhum lugar do mundo. Isso sempre me incomodou e decidi resolver a situação, criando o meu próprio museu da vagina", disse Florence.
De acordo com entrevistas feitas há alguns anos para um estudo, 65% das mulheres com idades entre os 16 e 25 anos sentiam vergonha e constrangimento em usar palavras como “vagina” e “vulva”. Infelizmente, algumas delas também evitaram, inclusive, visitas a um médico ginecologista por vergonha.
O Museu da Vagina pretende, então, mudar mentalidades e assim contribuir para uma maior consciência sobre a anatomia e a saúde ginecológica.
Também pretende derrubar as barreiras em relação aos homens sobre o tema já que muitos não se sentem confortáveis em falar com as mulheres ou namoradas sobre o assunto.
Depois de uma campanha de 'crowdfunding' ter reunido os fundos necessários, o primeiro museu do mundo dedicado à vagina será inaugurado no dia 16 de novembro, num local temporário no mercado de Camden, em Londres, com uma exposição intitulada "Muff Busters: Mitos da vagina e como combatê-los".
Para além de todo o material referente a vaginas, o museu irá receber convidados, como a escritora Emma Rees, que possui um best-seller sobre a vulva e o seu lugar na literatura e História.
Contemplará, ainda, um programa de eventos com palestras, painéis, oficinas, aulas e noites de comédia, bem como um programa de divulgação que colaborará com profissionais médicos para fornecer melhores serviços para apoiar as comunidades trans e intersexuais. Também visa destacar questões importantes que afetam as mulheres, como o consentimento, a imagem corporal e interseccionalidade.
Os assuntos abordados vão contemplar “toda a importância cultural e histórica desta anatomia ginecológica”.
Também vai ser exposta a história dos métodos contraceptivos, assim como vão ser abordadas questões de saúde sobre o órgão sexual feminino.
O museu irá incluir a realidade dos homens trans. ”Expor, não somente homens trans, mas pessoas não binárias que têm vagina, fará parte das nossas exibições”.