sexta, 03 janeiro 2020 14:31

Pode-se ou não dormir de cabelo molhado?

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Pode-se ou não dormir de cabelo molhado? Pode-se ou não dormir de cabelo molhado?

 Saiba se pode, se deve, ou se não pode nem deve.

Juntamente com “não te esqueças do protetor solar” e “veste um casaco que está frio”, há uma outra dica parental que nos acompanhou a vida toda. Sim, a típica “não te deites com o cabelo molhado que ficas doente”.

Convenhamos que o protetor solar é realmente importante e que, de facto, existiram situações de bater os dentes desnecessárias.

Agora, quanto ao cabelo molhado, está na altura de saber se é mesmo verdade ou mitoAfinal, dormir com o cabelo molhado faz mal ou não?

A todas as mães queridas: afinal dormir de cabelo molhado não nos põe doentes.

Aliás, a constipação comum é causada por um vírus que nada tem a ver com a temperatura ou humidade dos seus fios de cabelo. No entanto, isto não significa que deva tornar esta prática num hábito.

Apesar de dormir ocasionalmente com os cabelos húmidos não causar muitos danos significantes, tenha em mente que fazê-lo todas as noites durante semanas ou meses não é uma boa ideia.

Isto porque o seu cabelo encontra-se no seu estado mais frágil quando está molhado, ou seja, deitar-se com o cabelo molhado pode provocar danos a toda a estrutura dos seus fios.

Ao longo do tempo, a água pode danificar e degradar a camada externa protetora dos folículos pilosos, chamada de cutícula. Uma vez que esta se decompõe, a água pode penetrar e romper o córtex interno do folículo.

Consequentemente, isto pode aumentar a probabilidade de quebras e emaranhados, assim como frizz e queda de cabeloPara além disso, pode haver a perda de brilho e elasticidade.

Por outro lado, uma outra advertência que se ouve falar muito, é que o cabelo molhado pode provocar o aparecimento de bactérias e fungos no couro cabeludo e na almofada. Contudo, note-se que esta é apenas uma teoria que vive sem provas.

Pesquisas revelaram que as fronhas de almofada, especialmente aquelas compostas por materiais sintéticos, tendem a albergar fungos e bolores propensos a provocar asma ou alergias. Estes micro-organismos prosperam em ambientes húmidos, tal como os ácaros.

Dito isto, não há dados científicos que relacionem as pessoas que dormem com o cabelo molhado com o aumento de alergias ou sintomas de asma.

Mas como mais vale prevenir do que remediar, se puder, evite o rendez-vous entre os fungos presentes naturalmente no seu couro cabeludo e os fungos a viver na sua almofada.

Não obstante, as pessoas que já sofrem de alergias ou problemas no couro cabeludo, como a caspa, devem proteger o cabelo e secá-lo antes de dormir para reduzir a sua exposição a elementos potencialmente agressivos.

Conclusão? Dormir com os cabelos molhados de vez em quando não causa problemas, mas, para minimizar os riscos, o melhor é mesmo deixar secar a juba ao ar livre até que esta se encontre, no mínimo, húmida. Também pode usar um secador para remover um pouco da humidade.

E lembre-se, lave a fronha da almofada frequentemente para evitar a acumulação de produtos de cosmética e outras sujidades.

Saliente-se, também, que secar o cabelo com o secador, pintar, assim como a exposição ao sol, todos eles são factores que danificam os fios de cabelo. 

E, apesar de dormir com ele molhado não ser a melhor opção, pode tomar certos passos que ajudam a revitalizar e restaurar o cabelo.

Portanto, se tem mesmo de dormir com o cabelo molhado, siga estas dicas para conferir a melhor proteção possível ao seu cabelo:

Aplique óleo de coco. Este ajuda a proteger o cabelo molhado de ruturas.

Utilize um condicionador. Para além de ajudar a selar a cutícula do cabelo, ele reduz a fricção e facilita o desembaraçar dos fios.

Durma com uma fronha de seda. Está provado que estas fronhas são as melhores tanto para a pele como para o cabelo porque proporcionam uma superfície sem atrito.

Ler 3402 vezes Modificado em quarta, 25 março 2020 18:45
Sara Ribeiro

Redatora Principal

"Tomei o gosto pelas palavras bem cedo.
Encantada por todas as leituras e escritas que passaram e continuam a passar por mim, o meu percurso inevitável em Comunicação guiou-me até aqui.
Continuarei, para sempre, enamorada pelo poder da informação e pela liberdade que ela respira."