terça, 01 outubro 2019 17:03

As casas e lugares assombrados de Portugal

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As casas e lugares assombrados de Portugal As casas e lugares assombrados de Portugal

Está a chegar o Halloween e apetece-lhe passar por momentos de arrepiar a espinha? Conheça as casas assombradas e os locais fantasmagóricos por onde tem de passar para levantar os pelinhos do pescoço.

Filmes de terror não são só no cinema nem naquela mansão numa terrinha isolada da América, muito pelo contrário.

Com o Halloween a ganhar cada vez mais destaque em terras portuguesas, renda-se ao espírito fantasmagórico da noite e escolha atividades de meter medo.

Encontra, pelo país, muitos sítios, a maior parte caídos no esquecimento (ou não…), envoltos em mistério e suspense, ligados a várias histórias e lendas.

Quer seja fã de locais que pertencem ao lado negro, ou simplesmente quer algo de diferente para fazer (porquê??), fique com a lista das casas e lugares assombrados de Portugal.

Desde palácios a sanatórios, hotéis a casas, faça uma visita, se tiver coragem, a estes lugares de provocar calafrios.

Palácio de Beau Séjour, Lisboa

Palácio Beau Séjour Lisboa

Mandado construir pela Viscondessa da Regaleira, em 1849, diz-se que neste palácio, em tempos a residência do Barão da Glória, vagueiam as “almas penadas” dos antigos proprietários.

No edifício funciona, atualmente, o Gabinete de Estudos Olisiponenses e quem por lá passa acusa o Barão de atividades paranormais. Livros e arquivos aparecem e desaparecem e chávenas tilintam, entre outros barulhos estranhos.

Palácio de Valenças, Sintra

Palácio Valenças Sintra

Sintra é conhecida como a vila mais assustadora do país, um local onde acontecem eventos sobrenaturais, entre casas assombradas a almas que deambulam pelas estradas e serra.

Conta a história que neste palácio, a criada do Conde de Valenças, Palmira, se suicidou devido ao amor não correspondido que sentia pelo Conde.

Diz-se que ela ainda ronda a casa, com várias pessoas a afirmarem terem ouvido a sua voz, a chorar pela dor do amor que nunca foi e nunca teve.

Lagarinhos, Gouveia

Lagarinhos Gouveia

Aqui existe uma casa inacabada, para sempre.

Parece que nenhum proprietário conseguiu terminar as obras nesta casa de Lagarinhos, conhecida como a “casa do medo”.

Conta a história que o proprietário original da casa, um agricultor com posses, no seu leito de morte, terá pedido aos seus filhos que não vendessem a casa e acabassem as obras.

Contrariando o desejo do pai, os filhos não só não acabaram as obras da casa como a venderam, tendo ficado para sempre inacabada independentemente do proprietário pois, segundo a lenda, quem a compra, acaba por morrer antes de concluir a obra.

Casa do Relógio de Sol, Foz do Douro

Casa do Relógio de Sol

A casa, datada de 1907, também conhecida como Casa Manuelina, foi construída como casa de férias para o capitão de artilharia Artur Jorge Guimarães e a sua família, a esposa e dois filhos.

Após a morte de Artur, a viúva deixou a casa aos seus legítimos herdeiros, contudo, a casa foi ocupada ilegalmente por um sapateiro durante os anos 70.

Este artesão fez da moradia a sua casa e o seu local de trabalho e acabou por negligenciar a casa, danificando as características originais e esventrando-a do seu conteúdo.

Entrou em litígio com os verdadeiros donos e herdeiros, num caso que se arrastou nos tribunais e nunca se resolveu. Muitos alegam que a casa está assombrada pois os fantasmas aparecem quando têm assuntos pendentes na planície terrestre.

Sanatório de Mont’Alto, Serra de Valongo

Sanatório de Valongo

Conhecido como o Sanatório de Valongo, este edifício foi erguido para ajudar quem sofria de tuberculose e esteve ativo de 1958 a 1975.

Chegaram a estar internadas 350 pessoas com tuberculose em simultâneo, apesar da sua lotação ser apenas de 50 camas.

Para além da sobrelotação, existem histórias de negligência e maus-tratos, portanto, não é surpresa que existam relatos de pacientes que lá pereceram de forma terrível.

Depois das queixas de abuso, foi abandonado, pilhado e vandalizado, sendo as suas ruínas usadas, durante o dia, por entusiastas de paintball.

Mas à noite, quem lá habita são os fantasmas atormentados dos doentes tuberculosos que passaram pelo Sanatório. Está ainda ligado a diversas histórias de rituais satânicos.

Infelizmente, o local também está associado ao tráfico de droga.

Mosteiro de Santa Maria de Seiça, Figueira da Foz

Mosteiro de Santa Maria de Seiça

Mandado construir por D. Afonso Henriques em 1175, o edifício foi entregue pelo seu filho, D. Sancho I, à ordem de São Bernardo.

A peste negra que se abateu na Europa chegou ao Convento e, em dois meses, matou cerca de 150 religiosos.

Quem visita agora o mosteiro diz sentir mudanças de temperatura e ouvir barulhos.

Casa Amarela, Ovar

Casa Amarela Ovar

Esta casa carrega duas histórias sinistras.

A primeira refere a história de um pai e uma filha que viviam na casa.  O pai descobriu que a filha namorava às escondidas e, cheio de raiva, atirou a filha e o namorado a um poço, enforcando-se depois.

A segunda história conta que lá habitava um empresário que perdeu tudo o que tinha em negócios. Com a possibilidade de perder a casa por causa das dívidas, acabou por se matar.

Para além das lendas, diz-se que quem compra a casa não fica lá por muito tempo devido aos fenómenos paranormais. Também corre a história que já se tentou demolir a casa, contudo, as máquinas desligaram-se, sem nenhuma explicação, ao aproximarem-se.

Edifício Panorâmico de Monsanto, Lisboa

Panorâmico de Monsanto

Este edifício foi mandado construir pela Câmara Municipal de Lisboa em 1968 para acolher uma unidade turística, mas os projetos – restaurante, discoteca, bingo, entre outros - foram sempre mudando e as obras nunca foram concluídas.

Situado no Parque de Monsanto, está agora abandonado e há quem diga que está assombrado por uma onda de má sorte tal que não permite que nenhuma obra ou projeto avance no local.

Palacete de Marques Gomes, Vila Nova de Gaia

Palacete de Marques Gomes Gaia

“Saiam já daqui, vão-se embora!”, diz a voz fria, brusca e metálica. Dizem que isto é a primeira coisa que as pessoas ouvem quando visitam este palacete à beira do Douro.

Relatos de outras vozes e sons estranhos, assim como segredos arrepiantes, fazem desta mansão uma das mais famosas do país.

Castelinho de S. Jorge, Estoril

Castelinho de São Jorge Estoril

Conta a história que uma menina cega, a filha dos proprietários, terá acidentalmente caído ao mar quando passeava pelos terrenos da propriedade.

O fantasma da menina, dizem, continua por lá a vaguear pelas muralhas, a segurar uma boneca de trapos nas mãos, e a afugentar potenciais compradores.

Pátio do Carrasco, Lisboa

Pátio do Carrasco

Situado na zona histórica de Lisboa, o nome tem a sua origem em honra de Luís Alves, o último carrasco português que ali viveu.

Os lamentos e gritos do homem, também conhecido como “O Negro”, falecido em 1873, ainda hoje se ouvem.

Há quem diga que há um túnel subterrâneo, supostamente usado por Luís Alves para se deslocar até à prisão, assombrado pelos gritos das vítimas que fez.

Teatro Lethes, Faro

Teatro Lethes

Passos e madeira a ranger no silêncio são os barulhos que se ouvem neste teatro algarvio, assombrado pelo espírito de uma bailarina que se suicidou ali.

Reza a lenda que ela não aguentou a pressão dos ensaios exigentes e enforcou-se em pleno palco.

Casa do Diabo, Felgueiras

Casa do Diabo

Conta a história que esta casa, agora em ruínas, está assombrada: um casal de agricultores que lá viveu passou por situações inexplicáveis.

A mulher, que fazia bordados, num certo dia, deixou os bordados num quarto, dobrados e passados a ferro para encontra-los, no dia seguinte, todos remexidos e cobertos de urina.

Ainda, nesse quarto, contam que outros fenómenos se passavam, como móveis que se arrastavam sozinhos e objetos que voavam.

O casal acabou por abandonar a casa que ainda arrepia quem por lá passa.

Quem a visita diz que se sente observado e há relatos da GNR de ruídos e da figura de um homem na varanda.

Pousada da Serra da Estrela, Covilhã

Pousada da Serra da Estrela

Antes um Sanatório, agora uma Pousada.

O edifício albergou, antigamente, doentes com tuberculose, tendo sido abandonado nos anos 80.

Tal como o Sanatório de Valongo, diz-se que os fantasmas dos pacientes que ali viveram e morreram ainda deambulam pelo edifício.

Apesar de não haver queixas dos hóspedes, atreve-se a passar uns dias nesta Pousada de luxo no meio da Serra da Estrela, a mais de 1000 metros de altitude?

Hotel Palácio de Seteais

Palácio de Seteais

As histórias deste hotel envolvem o quarto número 18. Diz-se que lá viveu e morreu um hóspede cujo espírito ainda vagueia por lá durante a noite.

Há quem não tenha coragem de ficar neste quarto, já os mais corajosos, fizeram gravações e, enquanto que a imagem não mostra nada, os sons são… sinistros, ouvindo-se um homem a falar.

Tem coragem de ficar no quarto 18?

Hotel Belavista, Portimão

Hotel Belavista

Este Boutique Hotel, no Algarve, pode ter sido recuperado mas a fama de assombração continua.

Conta a história que a antiga proprietária morreu no quarto número 108 e, ainda hoje, se ouvem os gemidos e lamúrias da falecida, assim como de pancadas nas paredes e o avistamento do seu vulto que aparece nos corredores…

Casa de Chá, Caxias

Casa de chá

Esta famosa casa que está em ruínas diz-se assombrada pelos antigos donos que não querem ver o local habitado.

Castelo de Almourol, Santarém

Castelo de Almourol

É descrito como bonito, mas assustador.

O castelo é habitado pelo fantasma de uma princesa apaixonada, cujo amor incompreendido, ali a deixou a deambular.

Convento de Mafra, Mafra

Convento de Mafra

O susto neste local histórico não são só fantasmas, mas também seres estranhos, como ratazanas mutantes que existem nos calabouços.

Há quem diga que também andam por lá os espíritos de antigos obreiros e trabalhadores que faleceram no local.

Quinta da Juncosa, Penafiel

Quinta da juncosa

Esta quinta foi palco de um crime hediondo e é agora assombrada pelas almas de quem lá sofreu, conta a história.

O dono da propriedade, conhecido como Barão de Lages, assassinou a sua mulher por pensar que ela o tinha traído. Quando se apercebeu realmente do que fez, o homem acabou por matar os filhos e suicidou-se depois.

Quinta da Pauliceia, Águeda

Quinta da Pauliceia

Uma autêntica casa com um aspeto digno de um verdadeiro filme de terror.

Pertencia a uma família que se mudou para o Brasil, mas regressou em 1900, dando o nome inspirado na cidade de São Paulo.

Os membros desta família foram todos sucumbindo à gripe, com exceção de apenas um, Neca Carneiro. Contudo, os detalhes da morte desta são totalmente desconhecidos.

Testemunhas afirmam que ainda hoje se ouvem os gritos provenientes desta propriedade abandonada, bem como sons de piano ou o relinchar de cavalos.

Quinta das Lágrimas, Coimbra

Quinta das Lágrimas

Quem não conhece a história de amor linda, mas trágica, de Pedro e Inês?

A Quinta das Lágrimas foi o palco do infeliz desfecho deste amor. Dizem que junto ao Portal Gótico, no lago, ainda se pode ver as pedras vermelhas manchadas com o sangue de Inês, proclamada rainha de Portugal depois de morta.

Um local romanticamente sinistro.

Este artigo está sob construção.

Ler 13325 vezes Modificado em sábado, 16 novembro 2019 10:59
Sara Ribeiro

Redatora Principal

"Tomei o gosto pelas palavras bem cedo.
Encantada por todas as leituras e escritas que passaram e continuam a passar por mim, o meu percurso inevitável em Comunicação guiou-me até aqui.
Continuarei, para sempre, enamorada pelo poder da informação e pela liberdade que ela respira."