Contudo, a pedra basilar desta dieta encontra-se no facto de ser rica em gorduras, com uma boa quantidade de proteínas, e o consumo de hidratos de carbono ser praticamente inexistente, o que, obviamente, tem consequências para a saúde - os hidratos de carbono não ultrapassam a meta das 50 gramas diárias.
Como os hidratos de carbono são a principal fonte de energia do organismo, o organismo é obrigado a recorrer a outras fontes de energia. A segunda fonte e opção deste é a reserva de gordura que, quando queimada, resulta em perda de peso.
Por outras palavras, esta dieta promove o processo de cetose, daí o nome cetogénica, o que acontece quando a gordura existente no organismo é processada pelo fígado e dividida em ácidos gordos e cetonas, sendo estas últimas utilizados como fonte de energia. Quando em excesso, estes corpos cetónicos provocam enjoos e náuseas.
Uma vez que corta a principal fonte de energia do corpo, pode-se dizer que uma das poucas vantagens da dieta cetogénica é, sem dúvida, a rápida perda de peso que pode servir como impulso para uma dieta saudável e equilibrada uma vez que esta dieta é apenas de curto prazo, geralmente cerca de 40 dias. É necessário criar um plano alimentar que permita manter o peso perdido a longo prazo
Apesar de favorecer uma perda de peso rápida, a dieta cetogénica facilita vários problemas de saúde entre os quais alteração do humor, dificuldade de concentração, hipoglicemia e colesterol alto, cansaço, dores de cabeça e perda de músculos.
Quem segue esta dieta dá preferência a alimentos ricos em gorduras e proteínas. As únicas bebidas permitidas são água, café e chá sem açúcar.
Alimentos permitidos:
Carnes, banha de porco, ovos, peixes, azeite, abacate, coco, manteiga, banha de porco, queijos, oleaginosas, frutos vermelhos, abacate, iogurtes, azeitonas, legumes e verduras e sementes.
Alimentos proibidos:
Arroz, massa, milho, cereais, aveia, feijão, soja, ervilhas, lentilhas, grão-de-bico, cenoura, farinhas, pão, batatas, açúcar, bolos e doces, chocolate, gelados e leite.
A Incomum defende estilos de vida saudáveis, assim como hábitos alimentares equilibrados.
Se pensa em seguir esta dieta, saiba que a Organização Mundial da Saúde (OMS) considera uma dieta saudável o consumo de 55 a 75% de hidratos, 15 a 30% de gorduras e 10 a 15% de proteínas, o que contraria a base da dieta cetogénica que é composta, normalmente, por 10 a 15% de hidratos, 50% de gorduras e 30% de proteínas.
No início, durante a primeira semana, é normal ficar de mau humor e sentir dores de cabeça, cansaço e fraqueza. Depois do corpo se adaptar à nova realidade, estes sintomas diminuem.
Consulte o seu médico ou profissional de saúde antes de alterar bruscamente os seus hábitos alimentares, nomeadamente se sofrer de algum problema de saúde.