quarta, 02 outubro 2019 15:17

Fome emocional: como evitar a comida como conforto

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Fome emocional: como evitar a comida como conforto Fome emocional: como evitar a comida como conforto

Se é uma pessoa que come para se sentir melhor ou para aliviar o stress, veja as nossas dicas para travar este comportamento e evitar a fome emocional.

Nem sempre comemos para satisfazer o sentimento de fome, aquela necessidade básica de alimentação.

Muitas pessoas recorrem à comida para servir como uma espécie de almofada emocional, um conforto, ou como uma forma de recompensa.

É uma estratégia utilizada para criar uma barreira entre elas e os sentimentos que pode estar a sentir, tal como o álcool, as drogas ou a televisão, que também servem, muitas vezes, esse propósito.

No entanto, nestas situações, quando a fuga é na comida, a tendência é agarrar aquela comida dita plástica e menos saudável.

Por exemplo, se se sente em baixo a vontade de um doce pode crescer; se teve um dia stressante e cozinhar não é uma opção para si, fast food é uma escolha fácil e rápida; e se está em casa, sozinha ou aborrecida, é aliciante mandar vir comida de fora, e, normalmente, nunca se manda vir coisas saudáveis.

Mas atenção, usar a comida como uma forma de recompensa ou para celebrar não é, sempre, nem necessariamente, uma coisa má. É má, sim, quando comer se torna o principal meio de lidar com os seus problemas.

Quando o seu primeiro impulso é abrir o frigorífico sempre que se sentir com stress ou ansiedade, chateada, triste, sozinha, cansada, etc., cria-se um ciclo vicioso no qual fica presa, não conseguindo resolver esses mesmos problemas que originam a vontade de comer.

Isto resulta em sentimentos de incapacidade em relação aos seus sentimentos e à comida.

Faça, portanto, por lutar contra certos desejos, identificar os gatilhos que a levam a tratar a comida como conforto emocional e encontrar maneiras mais satisfatórias de alimentar os seus sentimentos.

O que é a fome emocional?

A fome emocional é, basicamente, utilizar a comida para se sentir melhor consigo mesma, é usá-la para preencher necessidades emocionais, em vez de encher o estômago.

Contudo, a comida como conforto emocional não resolve os seus problemas emocionais. Aliás, a probabilidade é mesmo piorar da situação uma vez que não só se vai continuar a sentir mal por causa do problema em questão, como também se vai sentir mal por ter comido demais.

Acaba por enterrar as emoções, não consegue controlar o peso e sente-se impotente para lidar com a comida e com os seus sentimentos.

Mas é possível fazer mudanças no sentido de controlar e lidar com as emoções e sentimentos, evitar os gatilhos, superar os desejos alimentares e pôr um fim à fome emocional.

Fome física versus Fome emocional

Fome Emocional versus Fome Física

Para começar a dar os primeiros passos para se livrar da fome emocional, é necessário saber identificá-la.

A fome emocional vem de repente e instala-se num instante, ficando um sentimento arrebatador e urgente de fome. A fome física vem gradualmente e não exige a satisfação naquele preciso momento, a não ser que já não coma há algum tempo.

Por outro lado, a fome emocional pede comida específicas, chamadas de comidas de conforto, como pizza, doces, entre outras, enquanto que quando sente fome física, tudo lhe soa bem, incluindo comida saudável que até pode nem gostar.

A fome emocional resulta, portanto, numa relação nociva com a comida, em que nem aprecia o que come, assim como, e ao contrário da fome física, numa falta de satisfação, ou seja, a vontade de comer mais continua presente.

Gatilhos emocionais

Identificar os gatilhos emocionais que a levam a comer com o coração, não com o estômago é um passo fundamental nesta caminhada.

Que tipo de ocasiões ou situações, lugares ou sentimentos, que a fazem refugiar-se na comida? É importante salientar que tanto podem ser experiências negativas, como são a maior parte, mas também podem ser experiências positivas.

As causas mais comuns que as pessoas utilizam para usarem a comida como conforto são:

Stress – com o stress, há o aumento da produção da hormona cortisol que pode levar, por seu lado, a um aumento do apetite.

Sentimentos – querer silenciar os sentimentos, como raiva, tristeza, ansiedade, entre muitos outros, é, sem dúvida, um grande factor da fome emocional já que evita o confronto com esses mesmos sentimentos.

Insatisfação – já comeu porque não tinha nada para fazer, para aliviar o quão aborrecida está, ou para simplesmente preencher algum vazio que sinta? Enquanto come, distrai-se desses sentimentos de solidão e insatisfação.

Hábitos – lembre-se da sua infância e pense se os seus pais não recompensavam os seus bons comportamentos ou progressos com um gelado, doce ou fast food? Estes hábitos muitas vezes transicionam consigo para a vida adulta.

Influências – por vezes as refeições em grupo levam a comer demais. Isto acontece porque normalmente há sempre comida em cima da mesa e toda a gente está a comer. Além disso, e uma das coisas mais comuns de acontecer: insistem consigo para comer mais.

Como evitar a fome emocional

Siga estas dicas para identificar os seus gatilhos e evitar a fome emocional e o uso da comida como conforto.

Ter um diário alimentar

Diario Alimentar

Cada vez que come ou se sinta com vontade de se virar para comida de conforto, faça uma pausa e pense no que a pode ter levado a isso.

Escreve tudo num diário: o que comeu ou o que queria comer; o que aconteceu para ficar alterada; como se sentia antes; o que sentia enquanto comia; e o que sentiu depois de comer.

Isto irá resultar num padrão visível dos gatilhos emocionais que deve evitar.

Lidar com os sentimentos

É essencial controlar os seus hábitos alimentares e não deixar as emoções se sobreporem.

Saber lidar e enfrentar os seus sentimentos, que são a raiz da fome emocional, sejam eles positivos ou negativos, torna-se essencial para controlar os apetites e desejos que surgem.

Reconheça que os sentimentos negativos a podem atingir, assim como o stress, procurando maneiras de lidar com eles e não fugir deles.

Procure alternativas para lidar com os seus sentimentos: ligue a alguém, dance, tome um banho relaxante, veja um filme de comédia, faça exercício físico, etc.

Se o stress é o seu grande problema, experimente técnicas de relaxamento, como o ioga ou meditação.

Saborear a comida

Apreciar Comida

Quando está a comer para alimentar emoções, a tendência é para comer rápido, sem pensar duas vezes.

Se levar o seu tempo para saborear a comida, vai apreciá-la bem mais, assim como vai conseguir perceber quando já está satisfeita.

Reconhecer a fome

Tenha atenção aos sinais e saiba reconhecer se a fome que sente é física ou emocional.

Evitar dietas restritivas

As dietas com muitas restrições alimentares acabam por fazer crescer a tentação em relação a essas comidas que agora são "proibidas", principalmente quando o motivo é a fome emocional. Tente sempre manter um equilíbrio saudável na sua dieta alimentar.

Aprender com os erros

Se ceder, não fique a insistir e a pensar no assunto. Desculpe-se a si mesma e comece de novo. Como já se diz há muito tempo, uma pessoa aprende com os erros. Foque-se nas mudanças positivas que já fez.

Lanchar saudável

Lanchar Saudável

Se e quando sentir fome entre as refeições, escolha sempre snacks saudáveis. Uma maneira mais fácil de conseguir comer sempre saudável é ter os lanches e refeições preparadas com antecedência. Assim, quando sentir a necessidade de comer, as comidas saudáveis já estão mesmo ali, prontas.

Manter um estilo de vida saudável

A regularidade de exercício físico, boas noites de sono, entre outros hábitos saudáveis, vão ajudá-la a enfrentar dias mais difíceis, evitando recorrer à comida.

Distraia-se de maneira saudável: caminhe, apanhe ar fresco ou medite, o que preferir.

 

Agora que já sabe lidar com a fome emocional, conheça outras maneiras de manter uma relação saudável com a comida.

Ler 3378 vezes Modificado em terça, 12 novembro 2019 16:56
Sara Ribeiro

Redatora Principal

"Tomei o gosto pelas palavras bem cedo.
Encantada por todas as leituras e escritas que passaram e continuam a passar por mim, o meu percurso inevitável em Comunicação guiou-me até aqui.
Continuarei, para sempre, enamorada pelo poder da informação e pela liberdade que ela respira."